É o tipo de câncer mais frequente na população brasileira e costuma ter boa resposta a tratamentos quando diagnosticado cedo
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, respondendo por 30% do total dos casos de câncer diagnosticados no país.
Desenvolve-se na epiderme, a camada mais superficial da pele, composta por três tipos de células: escamosas, basais e melanócitos. A classificação do tipo de câncer de pele é feita de acordo com a camada em que o tumor se inicia.
Existem dois tipos básicos de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma. O melanoma é o mais agressivo, menos frequente do que os cânceres de pele não melanoma, e se desenvolve nos melanócitos (células que produzem melanina), que dão à pele seu pigmento, ou cor. Se detectado precocemente, há quase 97% de chance de cura.
Já no câncer de pele não melanoma, existem dois tipos que respondem por 95% dos casos: o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, que se desenvolvem nas células basais ou escamosas da pele.
Carcinoma basocelular: é o mais frequente, representando 75% dos casos de câncer de pele não melanoma. Surge nas células basais da epiderme, a camada mais externa da pele. Geralmente, cresce lentamente, raramente se espalhando para outras áreas do corpo. Na maioria das vezes, aparece em áreas muito expostas ao sol, como rosto e pescoço e couro cabeludo. Pode surgir a partir de queratoses actínicas, manchas de pele escamosas e danificadas.
Carcinoma espinocelular: tem origem nas células escamosas e representa cerca de 20% dos casos de câncer de pele. Pode crescer mais rapidamente que o carcinoma basocelular e tem um risco maior de se espalhar para outros órgãos. Pode surgir em cicatrizes antigas, feridas crônicas e até nos órgãos genitais. As células escamosas constituem a camada mais externa da pele, mas também estão presentes no revestimento interno de órgãos ocos, como a garganta e o trato digestivo. É normalmente causado pela exposição prolongada à luz ultravioleta (UV). Outros fatores de risco incluem feridas crônicas na pele.
Outros tipos de câncer de pele raros incluem:
Sarcoma de Kaposi: tipo raro de câncer que se desenvolve nas células que revestem os vasos sanguíneos e linfáticos, causando lesões na pele e em órgãos internos. É mais comum em pessoas com sistema imunológico enfraquecido e que também carregam o herpes-vírus humano 8 (HHV-8). Existem quatro tipos de Sarcoma de Kaposi: 1) epidêmico (relacionado com a aids, sendo em muitos casos o primeiro sintoma da doença), 2) adquirido, 3) clássico e 4) endêmico. É caracterizado por lesões avermelhadas, arroxeadas ou marrons que podem inchar e causar desconforto e dor.
Carcinoma de células de Merkel: tumor raro e agressivo que se apresenta como nódulos vermelhos e brilhantes no rosto, mãos e pescoço. É um tipo de tumor neuroendócrino que tem tendência a se espalhar rapidamente.
Carcinoma das glândulas sebáceas: forma rara de tumor que começa nas glândulas sudoríparas ou oleosas da pele. Está associado à síndrome de Muir-Torre.
Os sinais de câncer de pele podem variar dependendo do tipo e de sua localização:
O carcinoma basocelular geralmente surge no rosto, pescoço, braços, pernas, orelhas e mãos, ou seja, áreas com alta exposição ao sol. Os principais sinais são:
O carcinoma de células escamosas também tende a se desenvolver em áreas de alta exposição ao sol. Mas pessoas com tons de pele mais escuras podem desenvolver este tipo de carcinoma em áreas não expostas à luz solar. Os sinais incluem:
É importante estar atento a qualquer alteração na pele e procurar um dermatologista para avaliação. A regra ABCDE ajuda a identificar sinais suspeitos, onde A se refere à assimetria, B a bordas irregulares, C a cores múltiplas, D a diâmetro maior que 6 milímetros e E à evolução ou mudanças na lesão.
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer de pele não melanoma:
O diagnóstico envolve uma avaliação clínica minuciosa e biópsia da lesão suspeita. Quando descobertos precocemente, a maioria dos casos de câncer de pele não melanoma são curáveis.
Saiba mais:
O tratamento para câncer de pele não melanoma depende do tipo, localização e extensão do tumor: