Com o avanço da ciência, as maneiras de tratar um câncer são cada vez mais diversas. O melhor tratamento depende de fatores individuais de cada paciente e das características do seu tumor.
Mas, além de atacar a doença em si, a medicina atual também se preocupa com os impactos que o problema de saúde e o próprio tratamento convencional podem gerar na vida de uma pessoa – e de quem cuida dela. Por isso, novas técnicas têm sido empregadas para garantir um conforto maior durante esse momento da vida, com destaque para a medicina complementar e integrativa, e os cuidados paliativos.
Abaixo, você fica sabendo um pouco mais sobre essas abordagens, além de desmistificar alguns pontos que podem gerar confusão quando usamos esses termos.
Medicina complementar e integrativa
Em muitos casos de câncer, um número crescente de evidências científicas tem demonstrado os impactos positivos de técnicas complementares aos tratamentos convencionais, que ajudam a reduzir os sintomas da doença ou os efeitos colaterais dos próprios tratamentos, como dor, depressão e ansiedade. Essas técnicas incluem, por exemplo:
- Suplementação nutricional
- Yoga
- Acupuntura
- Massagens
- Abordagens de gerenciamento de estresse
Oriundos de outras especialidades de fora da medicina convencional, esses métodos – como o nome indica – devem sempre atuar de forma complementar: um tratamento convencional nunca deve ser substituído inteiramente por essas técnicas, que devem entrar em cena como um potencializador para o tratamento bem-sucedido.
A chamada medicina integrativa ocorre quando a medicina convencional e a complementar são utilizadas em conjunto, algo que deve ocorrer após criteriosa avaliação médica analisando a individualidade de cada paciente.
É importante deixar claro que essas abordagens são empregadas com base em evidências científicas e não devem ser confundidas com a medicina alternativa, cujos benefícios alegados frequentemente não são confirmados por pesquisas robustas.
Cuidados paliativos
Embora o senso comum costume associar a ideia de cuidados paliativos ao final da vida, eles não são aplicados somente nessas situações. O objetivo principal dos cuidados paliativos é melhorar a qualidade de vida do paciente, garantindo dignidade e a redução do sofrimento.
Eles podem, sim, ser empregados em casos de doenças graves e incuráveis que se aproximam de um estado terminal, mas também podem ser uma alternativa em outras fases do tratamento de um quadro que ameaça a vida, como um câncer. A ideia é aliviar os sintomas, sejam eles físicos ou psicológicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda cita os impactos sociais e espirituais de uma doença como foco dos cuidados paliativos.
De modo geral, os cuidados paliativos empregam medicamentos e terapias diversas para ajudar um paciente a:
- lidar com sintomas físicos da doença ou do tratamento para o câncer, como fadiga, náusea e dores;
- tratar os impactos psíquicos associados a esse momento, com abordagens para enfrentar quadros de depressão e ansiedade;
Em casos mais avançados nos quais não há perspectiva de cura, os cuidados paliativos poderão envolver técnicas específicas para o final da vida, o que pode envolver a suspensão gradativa de alguns tratamentos visando um conforto maior, por exemplo. Todas essas situações devem ser discutidas entre pacientes, médicos e familiares, considerando a gravidade dos sintomas, a progressão da doença e o prognóstico.